sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SUSTENTABILIDADE X EDUCAÇÃO




Um dos desafios da atual humanidade é manter a vida no planeta como a conhecemos (em 3D). Em virtude da condição cósmica da Terra se encontrar na condição de planeta escola; a única forma de continuarmos usando esta dimensão do universo, é reformulando o sistema educacional.

Interessantes os conceitos de sustentabilidade, pegada ecológica, pegada verde, paz e outros; que ás vezes se transmuta apenas em bordões para usufruir de mercados emergentes para continuar levando vantagem em tudo; usando a mentira e o suborno.

Como diz um antigo chavão: Quem viver verá - O momento exige urgente mudança de paradigmas.
Pois:

No herdado e transmitido sistema de viver de forma descuidada, pequenos deslizes tornam-se graves e dolorosos problemas.

Retornando ao assunto sobreviver em 3D:

A metodologia de ir levando a vida e, sobrevivendo do jeito que dá; sem parar para pensar, é absorvido pela criança como se fosse um comportamento “normal”, no qual conceitos são repassados geração a geração como se fossem verdades absolutas.

O correto seria viver com alegria e dignidade; aproveitando tudo que esta dimensão da vida nos oferece; e não apenas sobreviver.

Essa atitude de acreditar apenas em sobrevivência, nos aprisiona como pobres ou pedintes de favores em todos os patamares da vida desde a dependência espiritual á da máquina insaciável dos governos e dos governantes de plantão.

A dependência nos torna escravos até de débitos que, não foram solicitamos ao nascer para sermos felizes ou não (depende do sistema de crenças); seja acreditando em perdão e castigo negociados com a divindade ou pagando tributos e impostos indevidos á incompetência e ganância dos que apenas se mantêm no temporário poder, ás custas da falta de uma educação que desenvolva a inteligência crítica.
Além disso, o que é reforçado e repassado de uma geração a outra, cada vez mais rápido e com mais intensidade pela mídia, são as características da nossa personalidade e de caráter que seria interessante descartar; através da própria educação: mentira, oportunismo, agressividade, calúnia, maledicência, orgulho, inveja, traição, intolerância (características dos normais expressos na mídia através da TV, do rádio e de toda a forma de expressão e comunicação da atualidade)...

O esperado pela ação da educação do espírito segundo princípios da ética cósmica, como colocamos em nosso livro “A reforma íntima começa no berço”, é que fossemos estimulados a desenvolver aspectos como paciência, tolerância, respeito, simplicidade, senso de ética e de justiça, qualidades muito valorizadas na teoria; porém sem valor na forma de viver que cultua o egoísmo e o orgulho de estar sempre á frente e de consumir mais que o outro. Mas, até a paciência de Deus conosco tem limites expressos na Lei de Causa e Efeito. Em 3D a paciência misturada á covardia gera a exploração.

Os noticiários de todos os tipos e lugares do planeta, a cada instante, são recheados de situações decorrentes desse paradoxo. Exemplo: uma criança a quem, sistematicamente, se pede para ir ao mercado comprar alguma coisa, mas que para isso, para executar essa tarefa fique com o troco para comprar uma guloseima; mais tarde pode freqüentar os noticiários como um deputado, presidente, senador ou um policial que suborna ou subornou; empresários que subornam - e outros tantos corruptos e corruptores. Depois, os que participaram da sua educação fingem que não tem nada a ver com isso; quem não conhece o popular chavão da mãe dos poderosos da vida: “Não foi isso que eu ensinei!” (Com a palavra os pais dos poderosos de destaque).
“Pegada” do servidor público? “Pegada” do empresário? “Pegada” profissional? Que “marca” (conceito de pegada) deixei nesta atual passagem por 3D?

Claro que, para que nós aprendamos nesta escola sem sofrer; a lei de retorno deve ser flexível; evidente que até certo limite; permitindo que pequenos descuidos, pequenos problemas, até incríveis dificuldades sejam serem superadas com a mudança do pensar, sentir, agir.
Mas, usamos mal essa tolerância e, durante um tempo, atiramos a, culpa, em algo ou alguém fugindo da responsabilidade.
Claro que a paciência da vida tem limite; e, um dia, em algum lugar no futuro, teremos que prestar contas á própria consciência do que oferecemos aos que a vida nos confiou como filhos ou pessoas que estão sob nossa responsabilidade; devemos nos preocupar, especialmente quando, aos olhos do mundo estiverem bem sucedidos. Tudo isso, está posto de forma simples e inteligente por Jesus e outros “colegas” seus.

Até alguns poucos anos, o sistema educacional formal e informal mesmo aos trancos e barrancos dava a impressão de funcionar a contento; no entanto nesta fase de aceleração, fica evidente a necessidade de mais cuidado ao fazermos escolhas e ao executá-las; pois, como já dissemos antes, causa e efeito começa a sair na foto, sinalizando que, não basta conhecimento; sobretudo é necessário aplicá-lo com urgência para que nos sustentemos aqui.

Geração após geração, nós criamos a necessidade, até obsessiva; de apego ás sensações físicas e ao poder.

Exemplo e analogia que vai fazer a diferença na continuidade da vida em 3D: A comida.

Hábitos alimentares podem servir de exemplo tanto da realidade do que seja obsessão; quanto da lentidão em nos reciclarmos: eles mudam muito pouco de uma geração a outra sob circunstâncias bem diferenciadas (a vovó que parou no tempo, premia todos os dias os netos com guloseimas; pessoa normal que é, esquece que na sua infância elas representavam o objeto do desejo recebido lá de vez em quando em ocasiões especiais, não suficientes para causar danos á saúde).
Ou então, analisemos cá entre nós, a tendência de consumo de carboidratos (arroz e feijão, por exemplo), antes, predominava o trabalho braçal; na atualidade, mesmo os que levam uma vida de pouco ou nenhum uso do corpo mantém os hábitos herdados, associado á parafernália das guloseimas e do fast-food - O resultado podia ser previsto, mais uma das tragédias anunciadas, materializado num aumento da incidência de diabetes em todas as idades e de obesidade infantil entre todas as classes sociais, a ponto de tornar-se um sério problema de saúde publica. As facilidades para que as crianças consumam guloseimas hoje são fantásticas em comparação com a época em que seus familiares (geração velha) foram criados. Motivados por interesses variados os que poderiam fazer alguma coisa (alguns da geração nova); omitem-se. E os poucos que se preocupam em mudar a sistemática do que, como e quando comer esse tipo de alimento (índigos); discursam para uma platéia surda; depois, não adianta chorar e correr atrás de milagres – como exemplo mais forte no presente: a obesidade. Deve ficar claro que ela para a maioria, maioria mesmo, dessas crianças é um caminho sem volta e um atalho em direção ao túmulo; nenhum recurso mágico vai eliminar em dias um trabalho cotidiano realizado durante muitos anos de formação de hábitos alimentares; pois eles não se modificam num passe de mágica; neste exemplo e comentário, a intenção não é a de criticar; muito menos despertar culpas e remorsos; mas de alertar para que façamos as pequenas, simples, gratuitas e possíveis mudanças nas atitudes do cotidiano.

Cá entre nós temos 3 pragas a impedir a sustentabilidade: capim para criação extensiva de gado; soja e cana. Estamos melhor que a turma do Egito que lidaram com 7 pragas – mas se abrirmos uma exceção para acomodar dirigentes e poderosos; dá para passar dos 30.

Nesta crônica algumas repetições de conceitos são inevitáveis, pois representam as leis que regem nossa evolução, podemos dar mil voltas, mas sempre somos obrigados a retornar a elas.
Não somos especialistas em ecologia nem em pegadas ecológicas - Nossa contribuição se resume a tentar ofertar material para reflexão vivido entre quatro paredes de um consultório e fora dele para que a sucessão de pequenos descuidos não se transforme num problema de lenta e sofrida resolução.

Salta aos olhos que o maior problema da humanidade está na aplicação da Justiça; mas, cabe aos educadores ensinarem as pessoas a exigirem seus direitos ao invés de buscar privilégios para colocarem os “justiceiros” na sua real e vital condição – pois sem justiça nunca haverá amor.

Com essa educação em vigência; o planeta não será sustentável em 3D sem que desencarnem alguns bilhões em curto espaço de tempo – uma das finalidades do estresse crônico.
Maldito ou bendito?

Nossa intenção nesta crônica: despertar a reflexão.

Qual é a minha pegada ecológica sustentável?
Coitada da escola planetária que acolherá os exterminadores do nosso futuro; dentre outras coisas: vão queimar sua memória na condição de fósseis: estilo petróleo; comer carne de gado e soja; e vão se deliciar com açúcar por milênios...

Judiação! Tadinhos!

Namastê.

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