sábado, 17 de abril de 2010

ESTRESSE CRÔNICO – A CRIANÇA EM PERIGO

Há alguns anos; não é de hoje; que faço uma leitura nem boa nem ruim a respeito do futuro das crianças da atualidade: É MAIS FÁCIL UMA PESSOA DE 70 ANOS CHEGAR AOS 100 DO QUE UMA CRIANÇA DE 5 ATINGIR OS 10.
E não se trata apenas, e simploriamente, de obesidade mórbida; isso é apenas a ponta mais vistosa do iceberg; mas, sim de problemas muito mais graves ligados ao sistema de vida atual que gera os efeitos do estresse crônico; que atinge mais as crianças e jovens do que seus pais.

Usamos uma notícia da BBC:
Menino obeso de 5 anos retrata geração que 'pode morrer antes dos pais'

Leon, de 5 anos, pesa 65,9 kg (Foto: BBC)
A luta de um menino de 5 anos contra a obesidade mórbida foi o destaque de um documentário da BBC sobre uma epidemia de males infantis que poderiam ser evitados e que, segundo médicos, podem levar integrantes da atual geração de crianças britânicas a morrer antes de seus pais.
Leon, de 65,9 quilos, é uma das 200 mil crianças atendidas anualmente no maior hospital infantil da Europa, o Alder Hey, de Liverpool, na Grã-Bretanha.
O programa Panorama, exibido na terça-feira pela BBC e assistido por 3,6 milhões de espectadores, mostrou parte da rotina do menino em casa, onde vive com a mãe e a avó. Para ir e voltar da escola, ele é transportado em uma cadeira de rodas, por não ter disposição para caminhar.
O programa também "flagrou" Leon comendo bolo de chocolate e um prato de cereal com leite e frutas na frente da televisão, minutos antes de jantar, apesar das recomendações do pediatra quanto à sua dieta e atividades físicas.
Em entrevista ao repórter da BBC, a mãe do menino disse que ele mantém uma alimentação saudável e está praticando exercícios.
Dentro de casa
A obesidade em crianças e adultos é um dos maiores problemas de saúde pública na Grã-Bretanha. O número de internações no país por causa de doenças resultantes do excesso de peso aumentou em aproximadamente 60% entre os períodos de 2007/2008 e 2008/2009.
"Nas crianças, o problema está relacionado a fatores como os pais trabalhando a maior parte do dia, a quantidade de horas passadas em frente à TV, o tempo dedicado a atividades físicas e o tipo de alimentos que elas ingerem", explicou à BBC o pediatra Mohammed Didi, do hospital Alder Hey, que acompanha Leon.
Segundo ele, é o que acontece dentro de casa que determina a saúde da criança.
No mesmo hospital, a reportagem da BBC encontrou crianças com menos de 6 anos de idade sendo submetidas a cirurgias com anestesia geral para a remoção de dentes de leite careados.
Kaitlyn, de 5 anos, por exemplo, foi internada para ter oito molares extraídos - quase metade de seus dentes.
Segundo o cirurgião-dentista Rod Llewelyn, o problema foi causado pelo excesso de açúcar na alimentação da menina, o que sua mãe confirmou, citando a paixão da menina por doces, ketchup e refrigerantes.
Desvio de recursos
Apesar de não ameaçar diretamente a vida das crianças, as cáries prematuras respondem por mais da metade das mil cirurgias realizadas no Alder Hey a cada ano.
O hospital também interna anualmente de 500 a mil menores com problemas de saúde provocados pelo fumo passivo.
Somados a internações decorrentes de outros problemas evitáveis, como o tabagismo dos pais e o alcoolismo precoce, a obesidade e os problemas dentais estão desviando recursos humanos, materiais e financeiros que poderiam estar sendo usados para tratar de doenças mais graves, segundo o diretor do hospital, Steve Ryan.
"Isto não deveria estar acontecendo. Essas crianças não deveriam estar sofrendo destes problemas e não deveriam estar aqui neste hospital", disse ele à BBC. "Talvez esta seja uma geração que vá morrer antes de seus pais."
A estimativa é de que esses problemas custem ao sistema mais de US$ 1,5 milhão por ano.

O problema da falta de qualidade humana é geral – mas, aqui entre nós; é pior – num país de craques da bola o crack ameaça tornar-se o dono do pedaço – boa parte de nosso PIB é desperdiçado em remendar os estragos das escolhas mal feitas sob as vistas grossas das autoridades e da sociedade mal educada.

Pena que não vai sair a foto.

Fico a conversar com meus botões como deve ser uma chatice a vida desse garoto: espetado, pesado, vistoriado, chantageado a não comer; sem tempo nem lugar para brincar; com certeza é vítima das gozações de seus colegas de escola – Mais uma vítima das crianças sem futuro conforme colocamos no artigo “A geração que não envelhecerá” e no bate papo “ FIM DA PICADA - SGA – estresse cônico – estamos na fase de exaustão” no http://americocanhoto.blogspot.com - De quem é a culpa? Quem pode e deve ser responsabilizado por esse crime contra a vida? – As autoridades? A família? A sociedade? – Claro que quem vai levar a culpa é algo que não pode se defender – o coitado do DNA.
Aguardem uma coleção de casos como este; mas que de tão comum vão virar arroz de festa e as pessoas nem vão ligar mais.
Somos seres ainda bem adaptáveis. Será?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

COMER, COMER; PARA PODER CRESCER – PARA OS LADOS

O animal, do nascer ao morrer, sabe com absoluta precisão: o que, em que momento, e o quanto deve comer.
Em circunstâncias normais ou naturais, a dieta do animal é sempre a dieta ideal. Sem possibilidade de errar. Porém sem muitas opções de escolha. Para os animais que estão sujeitos aos padrões de atitudes automatizadas pela evolução das espécies, todos são capazes de comer o necessário, exatamente o que precisam, sem que saibam que gosto, que tipos de nutrientes ou mesmo que tipo de “venenos” o seu alimento contém.
Quem não está apto a escolher, ainda não é capaz de errar...

Para as criaturas que já podem PENSAR; mas, tem preguiça de fazê-lo, os quase seres humanos, o livre arbítrio pode tornar-se uma perigosa e até mortal armadilha.
Para quem já é capaz de decidir o que SABOREAR, a situação pode tornar-se ainda mais complicada.

Como novo fator capaz de complicar mais ainda: O livre arbítrio é relativo à capacidade já desenvolvida de pensar e de escolher.

A vida como ser humano é interativa e comunitária:
Ninguém vive só; nossas relações são de interdependência, e até em certas fases, dependemos uns dos outros.
E, se decidir o que, em que momento e quanto eu posso comer, já é complicado, pior ainda, é ter que fazer isso para outra pessoa como ocorre na nossa infância. Claro que quando há o que comer - Os pais têm que decidir o que, em que momentos e o quanto as crianças tem que comer para crescerem fortes, saudáveis e felizes.

“Você é o que come!”

Os hábitos alimentares da família serão determinantes para formar o padrão de hábitos alimentares para o resto da vida?
Para seres que pensam pouco; filhos de adultos que pensam menos ainda – Sim.
Estamos condenados? – Não!
A sorte é que eles podem modificar futuramente os hábitos adquiridos na infância quando e se o desejarem. Embora, as pessoas repitam o mesmo tipo de dieta geração após geração...
Mudar: nesse ponto surge um novo problema.
Se a pessoa não sabe com clareza como e porque mudar seus hábitos; se o conjunto de motivos capaz de levar a fazer isso, não está bem definido, cria-se um conflito, que parece sem solução. Pior se torna, quando mudar torna-se uma obrigação. Mudar sob pressão torna-se algo penoso e desagradável. A mudança ideal é aquela que é feita segundo uma opção clara e lógica. Executada segundo a vontade do sujeito e com alegria e prazer. Faço porque quero. E sei por que o desejo fazer.

Milhares de pessoas buscam a dieta ideal, e os motivos que as impulsionam a essa busca são os mais variados: para emagrecer, estar na moda, conseguir mais saúde, viver mais...
Encontrar a dieta que mais se ajuste às necessidades de cada um não é tão difícil como veremos.

O problema está em praticar a dieta; pois a maioria quer decretar uma dieta...

Alcançar a dieta ideal é uma conquista que pode e deve receber ajuda externa. No entanto, praticar uma dieta imposta por outra pessoa é de certa forma abdicar de uma condição humana: a capacidade de decidir e de escolher com alegria e com prazer. Um ser humano tem coisas mais importantes a criar e a fazer do que ficar pesando o que vai comer e medindo calorias.
A dieta ideal é simples, fácil de ser praticada e gratuita.

A dieta ideal eu a chamo de “Dieta de Paulo de Tarso” nós veremos ao longo do tempo:


Tenha uma boa, gostosa e produtiva leitura.