sexta-feira, 13 de agosto de 2010

EGÃO – A OBESIDADE DO EGOÍSMO PRECISA DE UMA DIETA DE VALORES

A dieta de comida e de valores tem um peso considerável na origem de boa parte das doenças do corpo e da alma.

A cada dia que passa, as crianças estão sob risco; pois, as últimas gerações se mostraram pouco competentes para superar os desafios da aceleração da informação a serviço dos interesses de poder de alguns grupos desta e de outras dimensões da vida.

A influência da mídia no excesso dos interesses:

A cada dia a tecnologia produz artefatos de informação que de tão rápidos, contínuos e carregados de persistentes apelos ao consumo deste; ou daquele produto; destroçam centenários hábitos da dieta de povos inteiros – além disso, geram uma fome compulsiva para ter, possuir, aparentar.
As maiores vítimas desse processo são as crianças induzidas por ícones da comunicação a comprar os produtos aos quais servem de garotos ou garotas propaganda.
As famílias já mais conscientes do problema estão em desvantagem absoluta na tentativa de formar bons hábitos; pois, a criança vai dar ouvidos aos astros da mídia sejam eles pessoas ou bonecos ícones; e não aos pais.
Sociedades conscientes devem impedir por meio de legislação que bugigangas sirvam de apelo comercial para o consumo de guloseimas, tais como brindes na forma de brinquedos, bonecos, figurinhas..., vinculados á compra de determinado produto; e não apenas pelo fato de engordar, gerar doenças; mas, também porque engorda o egoísmo.

Na educação básica das crianças; a família está apanhando de dez a zero; pois, a mídia de ação rápida criou um formidável ponto de ruptura em tradições seculares e até milenares. Tal e qual na ética; nos últimos anos os valores, e o antigo sistema de formação de hábitos; está sendo despedaçado de forma globalizada.
No terreno da formação dos padrões de atitudes com relação ao ato de nos alimentarmos, a influência da mídia é impressionante. E a rapidez com que gera mudanças é mortal para muitos grupos culturais que não tem tempo hábil; para se adaptarem ás novas condições e aos novos hábitos induzidos.

No universo do deus dinheiro; o ramo comercial de alimentos é sempre um dos mais seguros para se investir. A política de marketing desse segmento da indústria e do comércio naturalmente deve ser: quanto mais se coma isso ou aquilo melhor.
Quanto mais as pessoas sejam induzidas a comer, maiores serão os lucros, e mais investimentos serão feitos.
O forte e constante apelo visual e auditivo com relação aos alimentos torna-se um poderoso estímulo para produzir secreções digestivas capazes de desencadear a sensação de fome de prazeres. Esse é um dos motivos da comilança defronte à TV principalmente em se tratando de crianças dos oito aos oitenta.
Sob a ação de mentores específicos; o ritmo de vida acelerado e sobrecarregado de pressa e medo acentua o problema da ansiedade; o que faz com que a pessoa corra atrás de carboidratos o tempo todo, em especial do açúcar, do chocolate e farináceos; além de álcool, drogas ilícitas e remédios. E também, algumas pessoas passam a sentir um desesperado desejo de mastigar o tempo todo. E mastigam tudo que enxergam pela frente ou compram todo tipo de revistas, filmes...; cujo conteúdo expresse suas necessidades exacerbadas pelos seus ídolos, pastores, ícones, gurus etc.

No tocante aos perigos da obesidade física:
O problema vai muito além da gordura – chega ao envenenamento. A cultura de produzir alimentos em larga escala gerou o envenenamento da agricultura e a deterioração do meio ambiente, o que trouxe muitos problemas para a sanidade de todos. Muitos são os agravos que essas substâncias podem causar à saúde. Dentre eles: câncer, esterilidade masculina, degeneração de sistema nervoso, problemas hepáticos. Daí; quanto mais acima do peso mais pé na cova.

DESVALORIZAÇÃO DA SAÚDE FÍSICA, PSICOLÓGICA E MORAL.

Na cultura moderna carente de ética cósmica; a saúde em todos os sentidos possíveis, não tem valor algum até que seja perdida; daí em diante passa a ser uma das metas de vida.

A perigosa obesidade do ego; é fruto da cultura que valoriza demais o ter, possuir, aparentar acima de tudo. A neurose de estar sempre na moda; possuir as coisas do tipo último modelo; seja o melhor; torne-se o bam - bam – bam da titulação; mesmo que o preço a pagar pela obesidade do egão seja: TOC; depressão; angústia; pânico; manicômio, cadeia.

No tipo de cultura que vivemos; as pessoas apenas conseguem relacionar a insanidade a fatos escabrosos da dieta física ou ética. Mas, não conseguem observar as mentiras da mídia e as desculpas justificadas.
Quando o sujeito se empanturra, vomitando, apresentando dor de estômago, diarréia elas culpam o fígado ou o estômago.
Até relacionam a dieta a doenças bem trabalhadas pela mídia como o consumo de açúcar e o diabetes; a ingestão de gorduras com a elevação do colesterol, o consumo exagerado do sal com a hipertensão, etc. Mas, em contrapartida; na obesidade do ego: vomitar grana em contas de paraísos fiscais; prevaricar; sonegar; derrubar o colega para tomar seu posto no trabalho...; nas doenças da ética, o remédio da normalidade ainda prevalece. Embora esteja com os dias contados; pois, nossa capacidade de adaptação está no limite.

A falta de planejamento dietético para o corpo e a alma gera uma agressão continuada ao corpo físico, mental, emocional que desemboca também em relações doentias.

O medicamento eficaz para atingirmos a sanidade chama-se educação.

Quando se trata educar as crianças é preciso ter em conta que:
Não basta alimentar.
Necessário o abrigo moral que assegure um clima de trabalho no desenvolvimento da tarefa de vida da criança em qualquer posição de uso do livre arbítrio.
Não basta assegurar o conforto material – é necessário não relegar a disciplina e a ética cósmica. Pois, a vadiagem na rua fabrica delinqüentes albergados em presídios e manicômios – mas, o relaxamento da ética e da moral; cria aleijões sociais que á sombra do poder, amparados pelo dinheiro e pelos postos de evidência vivem semeando miséria, sofrimento, sombra e ruína; lamentavelmente, impunes; frente á justiça.

Para acabar com a obesidade do nosso ego; algumas cirurgias com o bisturi da boa vontade pode nos deixar enxutos na ética e ma moral.
Mas, para colaborar com a paz e a sanidade coletiva: lembremo-nos da nutrição espiritual através de nossas atitudes, avisos, exemplos e correções, ás crianças; em tempo oportuno.

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