sábado, 2 de janeiro de 2010

CRIANÇAS - PROBLEMA

Na verdade, a rigor, quase todas as crianças são mal/educadas porque são mal/estudadas.
O que seria educar verdadeiramente uma criança e não apenas treiná-la?
É não esquecer que ali está desde o nascimento um ser que trouxe consigo uma personalidade em desarmonia, onde além de algumas qualidades inatas, ainda predomina: orgulho, impaciência, intolerância, agressividade, medo, ansiedade, enfim todas as doenças da alma humana. E, que ela não está condenada a ficar nessa condição a vida toda, ao contrário, deve ser estimulada a educar-se, a modificar-se de forma voluntária, buscando o equilíbrio entre as polaridades que nos compõem na evolução ao longo do tempo: amor/ódio, orgulho/humildade, impaciência/paciência, razão/emoção, medo/coragem.
A muitas crianças falta além de educação; até treinamento adequado para viver em sociedade - daí onde estiverem passam a ser rotuladas como crianças/problema.
Vamos apresentar alguns tipos comuns:
• Sem limites: essas crianças carecem de parâmetros de comportamento social; invadem o espaço dos outros, não tem horários definidos nem rotina instituída. É comum que sejam filhos de pais acomodados, preguiçosos e inconstantes. Recebem ordens segundo o estado de humor dos pais que geralmente vivem em conflito íntimo e entre si.
• Birrentas: Tudo querem ganhar no grito, não sabem e não querem aprender a esperar sua vez. Jamais aceitam um não às suas vontades. Quase sempre são filhos de pais impacientes, intolerantes e contidos.
• Agressivas: Quando contrariadas em seus desejos, chutam, batem, mordem e xingam - Espelham os pais sem as máscaras da hipocrisia.
• Inconvenientes: Comportam-se indevidamente nos ambientes, gritam são barulhentas.

Não são tecnicamente doentes mentais ou apresentam distúrbios das emoções - para essas crianças, falta apenas treinamento para a vida social que ao longo da existência vai se processando forçada pela necessidade de serem aceitas na escola, no trabalho, nos clubes, etc. Nesse caso a máscara social da hipocrisia cai com mais facilidade em situações limite, pois muitas vezes não houve ainda uma reforma íntima das tendências e predisposições que caracterizam sua personalidade em evolução; elas apenas sinalizam aquilo que falta no eu e reflete-se no mundo externo: aos poucos perdem a criatividade; adoecem com mais facilidade; afastam os amigos e perdem a auto -estima – como traço de personalidade tendem a colocar-se na posição de vítima.
A causa mais comum: pouco comprometimento dos pais com relação á educação da criança – e problemas de relação familiar e de personalidade da família.

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