domingo, 10 de janeiro de 2010

ADOLESCÊNCIA NÃO É DOENÇA

A adolescência

Não é nosso foco abordar a adolescência de forma acadêmica, pois já existem livros que mostram aos interessados de forma clara todas as transformações que a criança sofre ao passar para essa fase intermediária entre a criança e o adulto. Analisaremos apenas alguns fatores que não são inéditos, mas que, estão se definindo e, ficando rapidamente à mostra, nestes dias de globalização e de aceleração.
A adolescência é uma fase da nossa vida das mais importantes e problemáticas, e o que é pior, cada vez mais precoce e complexa para quem insiste em ancorar em tempos que ficaram muito para trás.

Das mais importantes:
Por, ser a fase em que o indivíduo assume plenamente o livre/arbítrio na existência. Defini-se, nessa fase, os rumos que sua evolução vai tomar. Abre-se a “mala” do inconsciente com uma “chave hormonal” chamada glândula epífise, e, fica à mostra sem muita contenção, tudo o que se encontra na bagagem evolutiva do sujeito e, às vezes isso, espanta os mais desavisados quanto às razões do existir como um ser humano.
Nessa época, ativam-se as glândulas que controlam a sexualidade: a epífise, a hipófise e a gônadas (ovários e testículos) que determinam a constituição dos caracteres sexuais secundários, preparando e integrando o indivíduo para o seu destino, individualidade e como espécie.
A energia sexual é a segunda força na nossa evolução; em importância só perde para a energia mental/emocional que torna o candidato a ser humano um pequeno Deus capaz de criar ou de destruir. Energia que torna-o um manipulador da energia cósmica universal, e que por ser uma energia das mais poderosas a serviço do progresso, também é um dos focos de maior sofrimento devido ao seu uso inadequado. Tudo que muito pode, tanto ajuda quanto prejudica, verso e reverso, causa e efeito, ação e reação...

Também nessa fase da vida, aflora parte do programa de trabalho na existência, sob a forma de impulsos, tendências, bloqueios e inibições fixadas em outras épocas - e que já foram atenuadas ou reforçadas pela interação sócio/cultural na infância; por isso, o adolescente costuma assustar os que com ele convivem; pois, de repente, é como se surgisse no meio daquele grupo, um estranho, muitas vezes, mais parecendo um inimigo insatisfeito, revoltado e querelante, um rebelde sem causa do que um filho, um amigo, um colaborador na difícil tarefa de viver.

É uma fase de muitos conflitos:
Pois, o adolescente encontra-se nesse momento, numa situação diversa da infância, e que exige dele uma definição; ele precisa definir que rumo vai tomar na vida; deve buscar sua independência em todos os sentidos: do financeiro ao afetivo/emocional... E para nós, para os da última hora, tomar decisões, isso, ainda é ao mesmo tempo, tanto um prêmio como um castigo, um paradoxo a ser resolvido segundo os interesses do momento e, nesse momento, é que nos influenciamos uns aos outros, fortemente, tanto para ajudar a progredir quanto para colaborar com o atrasar.
Também, quanto à sua sexualidade: agora, surgem todas as tendências e todos os impulsos de uso da energia sexual acumuladas ao longo da sua evolução; e nem sempre, a polarização sexual atual condiz com as tendências, o que define os homossexuais, os transexuais, etc.

Se seu filho; sua criança ainda é uma desconhecida; se não foi estudada e sua educação planejada prepare-separa dias de trovão no seu adolescer. A falta de planejamento uma das nossas marcas registradas; vivemos correndo atrás de consertar os estragos das escolhas mal feitas. Nós não perdemos nossos filhos na adolescência – na verdade nós nunca os tivemos sob nossa proteção.
Não é na adolescência que seremos os melhores amigos de nossos filhos; seu porto seguro – essa atitude é barco furado – comece a ser o melhor amigo de seu filho antes dele nascer.

Caso não tenha sido assim – não tem problema – sempre é possível diminuir o prejuízo.

Caso o amigo leitor do bloog tenha problemas com o adolescer de seus filhos sempre é possível trocar figurinhas.

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