domingo, 24 de junho de 2012

VIDA SOCIAL COMO FATOR DE DOENÇA.


    Dentre outras coisas o bem estar/saúde também depende da satisfação de necessidades (conscientes ou inconscientes) naturais ou induzidas pela cultura.
No sistema de consumo, possuir ou não os objetos do desejo, andar na moda, usufruir e gozar de todas as delícias da vida moderna ou não, pode conduzir o indivíduo a um estado de doença psíquica, mental ou orgânica, agredir ou ser agredido.

Estar incluído ou excluído no sistema leva a um estado de tensão no qual os patamares de medo e ansiedade tornam-se ás vezes insuportáveis. Manter-se no topo é mais estressante ainda.

Um aspecto importante a ser considerado é o inevitável aumento da violência social, com confrontos entre os que podem consumir e os que desejam, mas encontram-se fora do processo.

Mas mesmo entre quatro paredes o estilo de vida voltado para o consumo exige dos pais uma carga de trabalho exagerada e cria a figura dos pais ausentes em presença física (é preciso não confundir; pois alguns pais mesmo estando muito tempo com a criança não participam de sua vida e não suprem as suas necessidades). Muitos tentam compensar a ausência com a permissão para quebrar regras como prêmio ultrapassando o horário de comer, de ir dormir, dos tipos de programas de TV.

Para compensar a ausência, os pais vivem a comprar bugigangas tecnológicas ou comestíveis para seus filhos. Usam e abusam do suborno e da chantagem; quebram regras do que é ou não possível, tentando manter um vínculo afetivo, apenas evitando a todo custo que as leis da casa os obriguem a negar os pedidos da criança.

    Na casa do meu amigo pode?
    Por que aqui em casa não?
    Eu queria ser filho da mãe do Zezinho! Vocês são uns chatos!

    Criança adoece porque “passou vontade”?

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