quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SOFREDORES SÃO FOLGADOS?




Na sociedade contemporânea o sofrimento dá status de vítima; dessa forma é valorizado – o ganho secundário agregado ao sofrer é uma armadilha a aprisionar incautos.

Nesta reflexão uso a doença como exemplo; pois ela é a expressão máxima da cultura do sofrer e a mais usual – tão enraizada está em nossa cultura que já faz parte das inscrições no DNA; e para que não se perca com o passar do tempo, é reforçada pela educação: a família e a sociedade se encarregam de ensinar a criança a adoecer para que essa tradição não se perca no tempo e na modernidade.

Saúde ainda não tem valor algum para pessoa alguma enquanto não for perdida; daí passa a ter um valor máximo – é fácil concluir o valor que ela tem para justificar, desculpar, atuar como álibi e até para punir os em torno; e a própria comunidade.
Nas reuniões sejam familiares ou sociais está sempre em destaque – as pessoas promovem verdadeiros campeonatos de sofredores para ver quem consegue levar a taça.

A vítima tudo pode; tudo lhe é permitido; apenas pelo fato de ser vítima; nada; além disso.
Inevitável que os sofredores de carteirinha se tornem pessoas folgadas; e que se acham meio que donas do mundo. Sentem-se o centro de atenção do universo; seu sofrimento é sempre maior do que o dos outros; deixam de respeitar normas básicas de civilidade até no momento de receber sua cota de caridade, especialmente em locais que envolvem o conceito de religiosidade. São as que mais estacionam em locais proibidos, atrapalham a vizinhança parando em frente a garagens; não suportam esperar sua vez, adoram passar na frente dos outros – e outras tantas contravenções das normas de boa educação tanto formal quanto espiritual.

Evidente que tantas regalias dificultem as curas e a resolução de todo tipo de problemas e sofrimentos.

Até a cultura religiosa não ficou imune á lei de mercado da oferta e da procura; e colabora para manter as pessoas num estado de sofrimento crônico; pois, se diminuir muito o número de sofredores o mercado para a caridade vai ficar muito competitivo; exigindo dos que buscam a riqueza espiritual; mais inteligência e preparo. Mas, sempre há a possibilidade de se abrir novos mercados cósmicos; caso os consumidores da caridade se tornem muito exigentes ou autosuficientes.

Vamos criar a teoria do sofrimento autosustentável?

Vistos de fora; nós aqui da Terra somos seres muito engraçados; nem tão maus assim; mas muito engraçados...

Namastê.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

MOMENTO DE GRATIDÃO




Cada um de nós tem um jeito peculiar de aprender.
Não somos muito dados a agradecer o que a vida nos oferece; e nas nossas reflexões costumamos expressar gratidão apenas aos que nos proporcionaram momentos bons ou felizes.
Quase sempre nos esquecemos dos que foram muito úteis mesmo sem querer; mesmo que nos tenham causado sofrer.

Neste bate papo comigo mesmo:
Em primeiro lugar, mesmo que tardiamente, eu sou grato a todos que ajudaram na disciplina do meu espírito:

• Contrariando os mais absurdos desejos.
• Frustrando as expectativas sem sentido.
• Amplificando a inveja, com suas vitórias.
• Pondo à mostra a intolerância, impaciência e irritabilidade.
• Permitindo que os efeitos negativos das escolhas se tornem evidentes.
• Colocando-se na posição de concorrentes, adversários, inimigos...
• Traindo nossas combinações.
• Explorando nossas deficiências de caráter.
• Expondo a mentira, o orgulho e a vaidade.
• Cutucando minhas feridas da alma.

Em segundo lugar, sou grato a todos que me orientaram, indicando a forma mais prática e eficiente de avançar na escada da evolução.

• Aos que me apresentaram a Jesus: minha eterna gratidão.

Somos ingratos com tudo, pessoas, coisas; até á Fonte Criadora - pois os pais não costumam ensinar isso aos filhos.

Alerta: MIL PALAVRAS NÃO VALEM UMA ATITUDE.

A gratidão também pode se expressar no encantamento; bem típico das crianças e das almas puras.

Que assim seja.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ESTÍMULOS E LIMITES




Cara folgado!
Detesto gente folgada, entrona!
Pensa que é o dono do mundo!

A responsabilidade de identificar limites para a criança cabe á família na sua primeira fase.
Não é bem o que costumamos observar; o desastre começa cedo.
Exemplo:
Para sermos admirados queremos filhos mais precoces do que os dos outros; pois possuir em casa um pequeno gênio dá status; daí, a parafernália de estímulos precoces ao bebê invade a casa; chegamos ao ponto de importuná-las com coisas coloridas, movimentadas e barulhentas para que se “desenvolva” rápido ou fique entretido durante um tempo, para dar sossego.

Claro que essa atitude produz desequilíbrios no seu desenvolvimento psíquico – motor; alterando-lhe o comportamento presente e futuro.
O antigo “bicho carpinteiro” virou uma criança ligada no “duzentos e vinte” – coisas da vida moderna. Mas, nada como uma boa dose de ritalina prá desligar o bichinho.

Só não vê quem não quer que: a perda dos limites de estimulação pode gerar estresse na criança: insônia, irritabilidade, alterações no apetite, mais facilidade para adoecer, etc.

Mas, desculpas não as há – exemplo:
A perda dos limites na comida é uma das causas básicas de sobrepeso, obesidade mórbida e todos os efeitos colaterais desse desatino; que se manifesta na forma de doenças orgânicas e psicológicas.

O mundo seria outro se observarmos mais e usarmos o raciocínio crítico.

Não se apresse nem aos outros.
Tudo no seu tempo.

Namastê.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

DISCURSO NÃO ENSINA LIMITES




Um dos maiores desafios da vida humana é aprender a lidar com limites; talvez essa seja a causa principal do comportamento limítrofe; praticamente border line em se tratando da evolução; já possível á maioria.

Aprender a lidar com limites é um eterno desafio, igual a estabelecer maturidade: nunca estaremos totalmente maduros.
Estabelecer limites; respeitá-los; superá-los; afrontá-los – quando é hora de fazer o que?

De uma coisa tenho certeza: Não é papagueando que vamos ensinar ou aprender até onde é possível avançar. É obrigação do adulto em todas as instâncias: família, escola e sociedade despertar a criança para o desafio dos limites – um desafio cada vez mais moderno: encontrar a forma correta de fazê-lo.

Na educação discursiva é difícil para a criança lidar com limites.

Não se aprende nem se identifica limites ouvindo, lendo ou assistindo; o exemplo ajuda; mas a experiência ou vivência é tudo.
Boa parte dos adultos perdeu o senso dos seus; se é que os tinham – daí; exemplificam de forma negativa; além disso, impedem a criança de aprender.

Cuidado com os experts teóricos em viver.
A vida é essencialmente democrática e “Socrática”; só não aprende o básico quem não quer. Mas cuidado democracia não é a ditadura da maioria, da normalidade dos padrões...

Desde o nascer esse aprendizado deve ser iniciado nas atividades mais corriqueiras.

Um dos melhores recursos pedagógicos é o ato de alimentar-se.
Lembra do: Você é o que come; quanto come e como o faz.
Exemplo para aprender limites de forma simples - nada de seguir o cruel paradigma dos normais: quanto mais se come mais saúde se têm.
O bebê ansioso ou glutão (de nascença) deve ter seu horário e duração de mamadas regulamentada.
A criança maior deve ser auxiliada a comer apenas o suficiente para não se tornar obesa nem doente; extrapolados os limites deve aprender a suportar o mal estar da cólica; da diarréia; do vômito ou a dor de cabeça.

O horário de dormir e de acordar são limites a serem ensinados.
As interações entre irmãos.
Enfim tudo que compõe o dia a dia é material pedagógico na descoberta dos limites.

Caso as pessoas prestassem um mínimo de atenção ás ocorrências do dia a dia haveria menos border line doentes em hospitais; manicômios; cadeias...

Namastê.

domingo, 4 de setembro de 2011

A DIETA PODE AJUDAR A FORMAR CIDADÃOS MAIS EDUCADOS E CORTESES




Por favor!
Obrigado!
Tenha a bondade, você primeiro!
Palavras mágicas que abrem as portas da boa vontade;
Que amolecem corações endurecidos;
Que tornam nossa vida mais gostosa e feliz...

Respeito é bom e eu gosto!
Todos nós desejamos ser respeitados, até agradados; é urgente mostrar ás crianças que, mesmo na sociedade do levar vantagem em tudo, certas palavras e gestos são mágicas ferramentas para abrir as portas da boa vontade.

A postura da criança à mesa pode ajudá-la a aprender a esperar que os outros se sirvam. E a evitar passar vergonha pelo egoísmo e pela gula; até não permitindo que os olhos sejam maiores do que a boca. A não derramar comida nem líquidos na mesa, na sua roupa e, muito menos na roupa dos outros
Ela deve ser estimulada a manifestar seu desagrado quando as outras agirem como gulosas ou desperdiçarem alimentos; mas sempre com lealdade e discrição para que não seja vista nem se torne um ser desmancha prazeres.
Tornar-se consciente não é sinônimo de pessoa chata.

Exercício cotidiano.

As situações práticas são muitas, pois o guloso e mal educado costuma:
- Empurrar ou esbarrar nas outras pessoas na pressa de se servir.
- Derrubar comida fora do prato.
- Formar montanhas de comida que vai sobrar.
- Achar que determinado alimento era muito gostoso e depois detestar o gosto.
- O que mais gosta de comer nem mastiga: engole.
- Permanecer com a boca suja.
- Quem já o conhece evita de sentar-se ao seu lado na mesa.

Saber esperar a sua vez é um ótimo exercício para desenvolver a paciência, desde que tenha sido mostrado à criança o que seja essa virtude. Nesse mesmo exercício, ela pode evitar a repetição de situações desagradáveis que não aceita nos outros, como mastigar com a boca aberta, falar com a boca cheia.

Mas:

Até na política do bem comer: o discurso deve combinar com as atitudes.

Faça o que digo; mas não o que eu faço...

Ainda faz parte de nossa herança cultural pensar uma coisa, dizer outra e ter uma atitude que não condiz nem com o pensado nem com o discurso.
No caso dos hábitos alimentares é comum que os adultos peçam as crianças comerem alimentos que “fazem bem á saúde”, “fazem crescer, ficar inteligente e forte”; mas que eles mesmos nunca comeram nem puseram na boca.

Quem já descobriu a importância da mudança de hábitos alimentares para viver mais e com saúde e cortesia; deve ajudar as crianças durante muito tempo com o exemplo, para só depois, bem depois, chegar com as palavras...
Alertar as crianças para as dificuldades tremendas de mudar hábitos tão repetidos ajuda; mas não basta.

Exercício da arte de calar.

Na dúvida se somos ou não capazes de honrar nossa fala; como fazem os políticos profissionais; a melhor política educacional é calar. Tentar fazer, praticar para depois discursar.

As boas maneiras começam á mesa.

Bom apetite!
Brindemos á simples e boa educação.

Namastê.