sexta-feira, 25 de novembro de 2011

AUMENTO DAS EXPECTATIVAS E ACELERAÇÃO




Estamos acelerando cada vez mais e fazendo escolhas num ritmo alucinante; o problema é que elas são como tiros disparados:

Uma vez puxado o gatilho não tem volta - se atiramos a esmo e sem mirar, depois: a única coisa a fazer é verificar os efeitos causados sejam eles quais forem.
Tentar consertar os estragos se for o caso e, assumi-los é sinal de maturidade e de perspectiva de progresso; no entanto para isso, é preciso desenvolver a consciência.

Atenção:

O resultado de minhas escolhas vai atingir o que e quem?
Eu só?
Amores?
Família?
Amigos?
Sociedade?
O planeta?
Universo?

A aceleração quase sempre sem necessidade a que nos permitimos não tem volta.

Sem chororô:
Percebido o engano a única coisa a fazer é tentar desacelerar com o mínimo possível de estragos; tanto para nós quanto para terceiros ou para o patrimônio publico e o planeta.
Pois:
A Era das bolhas de progresso individual e de grupos e dos milagres acabou.

Perigo:
Quando brecamos subitamente a possibilidade de capotar ou provocar acidentes vários é enorme. De mortes a peripakes e doenças de repetição.

Muitos são os fatores que contribuíram para esse descuido e a soma deles produz: sofrer, doença, acidentes e morte.
Dentre eles:

As expectativas.

Sofremos uma imposição de sonhos e desejos através da mídia tão forte e intensa que estamos indo á loucura.
Nós temos que ter tudo que é da moda; e participar de todas as novidades antes dos outros.

Se nós aceitamos esse estilo de viver; somos atirados fora da nossa realidade – queremos participar de tudo o que está rolando no momento sem saber muito bem porque e para que - e o pior é que, quando nos posicionamos na nossa real condição nos deprimimos e angustiamos, pois ela é diferente da que nos é proposta diariamente.

Dica:
Reflita alguns minutos a respeito da proposta anterior.

Nesse ritmo era impossível a ansiedade não fugir do controle.
Quem será que soltou o boato que estamos aqui apostando corrida?
Essa forma de viver no corre - corre que encontramos desde o nascimento; recebe de forma mais ou menos subliminar uma forte carga de angústia; pois traz consigo uma mistura de medo, ânsia e insatisfação negativa que logo vira angústia e doenças.
Essa emoção somada ás expectativas pessoais e externas é capaz de nos machucar e muito.

O medo seria o antídoto.
Uma de suas funções é servir de trava natural para impedir a aceleração demasiada. Porém, na sociedade neurótico/paranóica essa trava tornou-se capaz de estragar todo o mecanismo. A função primária dela seria a de nos ajudar a pararmos para pensar; ele serviria como um tacógrafo capaz de ajustar a velocidade ao limite que a estrada da vida sinaliza e ao permitido e seguro para o percurso. Algumas pessoas até tentam utilizar esse dispositivo natural; no entanto são impedidas pelo sistema que as incentiva a extrapolar todos os limites. Acumulamos tantos receios infundados e medo de sermos ultrapassados que perdemos o senso crítico, e na tentativa de avançarmos ou manter nossa posição destruímos o próprio sistema de controle; nessa corrida em que a vida se transformou tem sempre alguém colado na nossa traseira tentando tomar nosso lugar, mesmo que seja apenas na nossa imaginação.

Uma analogia em pequena escala: tentamos bloquear os efeitos salutares da coriza, tosse, febre, etc.

Diminuir e adequar expectativas é um santo remédio para que medo e ansiedade voltem ás suas importantes funções originais.

Em todos os instantes e condições da vida...

Namastê.

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