quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O LANCHE DA ESCOLA – MAIS UM DESASTRE ANUNCIADO




Há “epidemia” de sobrepeso em crianças e jovens - causas: estresse crônico com elevação da taxa de cortisol; sedentarismo; dieta inadequada – nesse item, um fator a ser considerado é o lanche da escola. Quanto ao aspecto da nutrição; alguns governos já tomaram providências para disciplinar e normatizar o que pode ser oferecido ou vendido nas escolas – cá entre nós ainda não. Mas, um aspecto quase não é focado: a formação de hábitos distorcidos através do lanche – o que, traz graves problemas a médio e longo prazo.

A criança em idade escolar é vítima dos apelos da mídia do consumo e da inércia dos adultos: família, escola e sociedade.

Rotina de um escolar do período da manhã:
É acordado; nesse momento diz não ter fome; vai para a escola e lá come lanches e guloseimas, “matou” o almoço – pois de volta, pouco participa da refeição, “belisca só o que gosta”; mais a tarde está “morrendo de fome” e come outro lanche, daí repete-se no jantar o ocorrido no almoço.

O lanche na escola “distorce” a disciplina alimentar, com o agravo da má qualidade nutricional do tipo de alimento oferecido; nas cantinas das escolas predomina o inevitável interesse comercial.
Ao longo do tempo surgem carências: falta de vitaminas e sais minerais em razão da dieta desbalanceada. E para piorar, as ansiosas ou com o centro da fome “desregulado”, tornam-se obesas, com problemas de colesterol, triglicérides e diabéticas.

Solução?
É simples; mas conjunta: família, escola, poder publico e sociedade.
Principal dificuldade?
Predomina a má vontade coletiva em reciclar hábitos. As dificuldades alegadas para mudar são infantis e descabidas. Criam-se empecilhos e “montanhas de dificuldades” para mudar condutas sabidas como de alto risco para a vida dos que dizemos amar. As famílias conscientes quanto ao perigo lidam com dificuldades; pois são obrigadas a andar na contramão da normalidade – esses pais costumam ser rotulados de chatos; ETs; nerds.

Outro detalhe:
Como atenuar a influência da mídia?
Conscientizar sem regulamentar não é possível.
Sem atitudes firmes, fica tudo no vazio discurso.
Os meios de comunicação invadem os lares na tentativa de “conquistar” o consumidor; claro que sempre existe possibilidade de “defesa”, um expediente simples: não levar crianças às compras; comprar só o necessário para produzir as refeições; não ter em casa o que possa ser comido fora de hora, exceto frutas e, não importa que durante algum tempo apodreçam na fruteira sem que sejam tocadas. Não adianta comprar e esconder a guloseima; a criança sempre acha; além disso, há o risco de cairmos na tentação de usá-la para fazer chantagem dando-a como prêmio para compensar alguma atitude adequada; é preciso cuidado para não premiar a criança pela que já se constitua em obrigação; alguns pais chegam ao cúmulo de premiar a criança por atitudes fisiológicas como: comer, evacuar, etc.

Enquanto não se tomam medidas mais saudáveis: ofereça alimentos naturais e balanceados nas cantinas das escolas – há receitas deliciosas á disposição de quem desejar – a direção de algumas escolas já usam essa postura dietética até como marca, como diferencial da qualidade no ensino.
As crianças agradecem.

Não deve faltar no conteúdo de várias matérias a discussão sobre defensivos agrícolas e aditivos químicos (conservantes, corantes, etc.) e o que podem causar na saúde das crianças.

Recomendamos para pais e mestres a leitura do artigo: DIETA E CIDADANIA – Américo canhoto 30/08/2011 – ecodebate@ecodebate.com.br

Idéias simples como a FRUTEIRA COMUNITÁRIA pode tornar-se uma opção de lanche – simples como a disciplina natural: quem quiser comer come; quem não quiser vai almoçar ou jantar em casa.

Quem está mais ou menos com fome: escolhe.
Quem tem fome: come.

Quer criar bons hábitos de alimentação em seus filhos?
Comece revisando o lanche da escola.
Questionar é bom – mas, exemplificar é tudo.

Namastê.

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